O que é uma ordem hegemônica ?Uma ordem hegemônica diz respeito a uma configuração de poder existente entre os países do mundo.
Durante 300 anos a Inglaterra foi a potência dominante no planeta, essa configuração só mudaria com a chegada da primeira guerra mundial que durou de 1914 a 1918. Ao fim, embora uma única bala não tenha sido disparada de dentro da terra do Tio Sam, os Estados Unidos da América saíram do conflito doravante a nação mais poderosa do planeta, posição que ocupa ainda hoje, durando mais de 100 anos, porém atualmente fortemente ameaçada pelo grande formigueiro chinês que leva o mundo na direção de uma nova ordem mundial.
Esse post não é sobre história ou geografia, mas podemos usar o contexto das configurações de poder existentes entre os países do mundo e aplicar também ao gigante Mil Grau para ilustrar toda sua hegemonia futebol de salão de Regeneração.
Com a conquista da Liga das Estrelas de futsal, o segundo mais importante campeonato de futebol de salão do médio Parnaíba, o Mil Grau consolidou um momento de gloria e afirmação. Em duas temporadas o time comandado pelos cartolas ,Ricardão, Francisquin Lô, Anderson Lima e Romerito, colocou de joelho o futsal da terra de bruenque.
A taça foi conquistada em cima do Resenha Futsal Clube, depois de um jogo disputadíssimo, que terminou com um empate de 2 X 2 no tempo normal. A disputa foi para as penalidades e, nos tiros livres, o grande goleiro Zé Ricardo se consagrou defendendo duas penalidades, dando o título de campeão da Liga para o Mil Grau. Tinha início , assim, uma mudança hierárquica no futsal de Regeneração.
A era das hegemonias no futsal Regenerense começa com o Central.
O Campeão da Liga das Estrelas de Futsal é um time relativamente muito novo. O gigante tem apenas cinco anos de história. Muito antes do Mil grau existir, um time reinava absoluto no futsal de Regeneração – o Central Futsal Clube. De 2005 a 2013, o Central foi uma máquina de ganhar títulos. O clube reuniu uma das gerações mais talentosas, brilhantes e promissoras do futsal de Regeneração, um elenco recheado de craques: Silas, Gustavo , Evaldo Mariano, Vertim, Felipe. O time era imbatível dentro da quadra, porém em 2013, o papa titulo ,simplesmente, sumiu da história do futsal de Regeneração e nunca mais se ouviu falar no nome Central.
Quase 10 anos após o fim do clube, o portal bruenque.com.br ouviu um dos fundadores e líder do Central – Mael – “A Lenda”
Mil grau e BFC são hoje os dois times mais badalados de Regeneração , mas para o craque, um dos mais habilidosos da história do futsal da cidade, não surgiu nenhum outro time superior ao Central desde que o time foi desfeito:
– Hoje o Mil grau e BFC são considerados os melhores times da cidade, os grandes do futsal de Regeneração. Tenho muito respeito e admiração pelo Ricardão – presidente do Mil grau, e pelo professor Bodão , os dois tem uma capacidade muito grande de montar grandes times e ganhar títulos, eu respeito muito tudo que o BFC e o Mil grau conquistaram e o que eles representam no futsal de Regeneração .Porém eu quero dizer uma coisa : da década de dois mil e dez até hoje, não existiu nem um time no futsal em Regeneração, melhor, ou superior ao Central quando estava no auge. Eu joguei naquele time, eu conhecí aquele time ( Janael, Serginho, Sásá, Kakai. Silas, Gustavo, Evaldo Mariano,Vertim, Felipe. Esses jogadores eram diferenciados, esses caras eram acima da média, era outro patamar. Também não posso deixar de lembrar da nossa competente comissão técnica, que era formada pelo Mini Game, o Alex e o Ricélio, eram três craques que jogavam fora da quadra e foram muito importante nas conquistas do Central – disse Mael “a lenda” ao portal.
O ex-jogador ainda afirmou ter total confiança que se juntassem o BFC e Mil Grau de hoje e, colocados para disputarem um jogo com o Central no seu melhor momento, eles venceriam com facilidade:
No último título que disputamos , o Central já não era mais o mesmo do começo, já faz muito tempo que o time acabou, mas continuo dizendo, se hoje juntassem o Mil grau e BFC, que são os dois melhores da cidade e colocassem para jogar com o nosso time no auge, o Central ganhava de goleada dos dois juntos , não tenho nenhuma dúvida, nosso time era bom demais, os outros times tinham medo de jogar com Central, porque sabiam que iam perder, nós entravamos em um campeonato sabendo que íamos ser campeões, o Central não ganhava, o Central massacrava os adversários, era muito difícil o Central não golear seu adversário – garantiu Mael – “A lenda”.
Apontado como o melhor jogador de futebol de salão de Regeneração das décadas de 2000 e 2010, Mael ganhou o apelido de “Lenda” por ser um jogador fora do sério na quadra. Dono de todas as habilidades essenciais a um atleta de futsal: bom no passe, extremo no drible e na finalização. A fera contou ao bruenque os verdadeiros motivos que levaram a decadência e o desaparecimento do melhor time de futsal de Regeneração dos anos dois mil:
– É complicado e triste falar do fim do Central, é uma coisa que até hoje me entristece e parte o coração. O Central era um time de amigos, morávamos quase todos na mesma Rua, perto um do outro, a gente treinava todo dia. Éramos os melhores amigos do mundo e de repente começamos a nos afastar um do outro, os melhores amigos foram se distanciando: alguns viajaram para fora da cidade, outros para fora do estado, outros foram embora da Rua, e quando agente se deu conta , o central não existia mais, foi assim que o central acabou. Acho que foi um desgaste natural. A história que o Central acabou por culpa do surgimento do BFC é uma grande mentira , já ouvir falarem sobre isso ,mas é uma história estúpida e mentirosa, o BFC nunca tirou um único jogador do central . É bem verdade que depois que o Central parou de disputar jogos, de disputar os campeonatos , o Vertim ,o Gustavo, inclusive eu, fomos todos jogar no BFC, mas nessa época o Central não existia mais como time, o central já tinha acabado ,porém é inegável que o espaço que o Central deixou, foi ocupado pelo professor Bodão e os meninos dele – revelou Mael – “A lenda”
BFC, o campeão de tudo e pai de todos”.
A incrível trajetória de sucesso do BFC começa nos antigos programas sociais do governo federal no município. Professor de educação física, durante anos, Francisco Lima ( o Bodão) comandou o braço esportivos desses projetos na cidade de Regeneração e foi de dentro deles, que o Professor reuniu um grupo de garotos ainda crianças e começou a lapida-los, passou a ensinar todos os fundamentos do futsal a esses meninos. Foi um trabalho de aprendizado lento e demorado. Mas aos poucos, Bodão foi formando uma geração talentosa de jogadores que encantaria o futsal Regenerense.
Em 2013, ano da reinauguração do maior Ginásio esportivo de Regeneração (Ginásio Gonçalo Teixeira Nunes), Bodão sentiu que era a hora, que seus pupilos estavam prontos para bater de frente com Central e os outros considerados melhores times de Regeneração. O Bodão futsal clube” foi para a disputa do campeonato Regenerense daquele ano totalmente desacreditado .
Para os gigantes do futsal da época : Central, Oxigênio e Boca Junior , o BFC não passava de um time de crianças, ninguém acreditava que um time cheio de meninos inexperientes, que nunca tinham disputado um campeonato grande na vida, fosse ser capaz de derrotar as grandes forças do futsal e ganhar o mais importante campeonato da cidade.
Porém, quando a bola rolou, a história foi outra. Jogando um futsal de alto nível, a meninada de Bodão deu show na quadra, chegou a grande final e conquistou o título de campeão em cima do todo poderoso Central.
Foi dessa forma, apostando em uma nova geração de jogadores, que o BFC chegou a conquista do seu primeiro título . Com a conquista, o BFC também fazia história se tornando um dos mais jovens times a ganhar um Campeonato Regenerense de futsal: começava a era hegemônica do BFC, que vai durar 5 longos anos de invencibilidade.
De 2013 a 2017, o time do atual secretário de esportes de Regeneração foi um rolo compressor, o BFC viveu o apogeu e conquistou todos os títulos possíveis no futsal. A soberania foi tamanha que o time ganhou um apelido que ilustrava toda sua supremacia – “BFC, o campeão de tudo e pai de todos”. Porém, o legado de Francisco Lima – o Bodão – vai muito além dos títulos que o BFC ganhou . A cada conquista vinha também uma leva de bons jogadores, muitos dos atuais jogadores de futebol de salão de Regeneração, surgiram e cresceram no BFC.
Nove anos após, a histórica e surpreendente conquista do BFC de 2013, daquela geração que encantou e marcou o futebol de salão de Regeneração, apenas quatro jogadores ainda seguem vestindo a camisa do ”campeão de tudo” : Guilherme Agustos, Iccasio, Mauricio Nin e o próprio Bodão. As crias de Francisco Lima voltaram depois de quase uma década para tentar dar mais um titulo Regenerense ao time que tudo ganhava.
Um intruso entra no caminho,o BFC começa a perder peso no futsal
A força do BFC começou a ser testada para valer no ano de 2018, um ano antes, surgiu um novo clube de futsal em Regeneração – a Academia da Vila. O dono do time era Elison Romero – o Lessim. O dirigente estava obstinado a parar o trator BFC, o cartola investiu alto na montagem do elenco da Academia da Vila para disputa da Liga das Estrelas de Futsal daquele ano. Contratou astros do futsal Piauiense e local – Eliel, Luan, Yuri, Luiz Fernando, Guilherme, Calisto Juniou, entre vários outros craques.
Como já era esperado, os dois times chegaram na grande final do campeonato, e a Academia da Vila de Elison Romero derrotou o BFC, levando o título de campeã da Liga das Estrelas de Futsal, quebrando, assim, pela primeira vez a hegemonia do” campeão de tudo” no futsal de Regeneração em cinco anos. Só foi uma pena que no ano seguinte a academia da Vila acabou.
A era Mil Grau no futsal de Regeneração.
Diz a lenda do nascimento do Mil Grau, que o time nasceu na mesa de um bar, rodeada de mulher bonita e regada a muito uísque do bom, estava nessa mesa (Ricardão, Anderson Lima e Romerito), os três fundadores do Mil Grau.
Com a recente conquista da Liga das estrelas de futsal, o time do cartola Ricardão chegou ao segundo título seguido. Onze meses atrás, em Dezembro de 2021, o Mil Grau conquistava o campeonato Regenerense.
Entretanto, chegar ao topo do Olimpo do futsal não foi nada fácil para o gigante. Até conseguir levantar seu primeiro troféu dentro de Regeneração, o time viveu muitas dores dentro de quadra, grande parte delas provocadas pelo seu maior rival – o BFC, uma grande pedra no caminho do Mil Grau até o ano passado.
Vice-campeão da Liga das Estrelas em 2017 (perdeu a final para o BFC)
Eliminado nas quartas de final da Liga das Estrelas de 2018 (derrotado mas uma vez pelo BFC)
Vice campeão da Liga das Estrelas em 2019 (perdeu o título para os amigos de Yuri)
Em meio a tantas desilusões, teve uma alegria – o Mil Grau foi campeão da Liga de Futsal de São Pedro em 2019, mas ainda faltava preencher um grande vazio: conquistar um título para a torcida dentro da Terra de Bruenque.
A virada e o apogeu do Mil Grau
Como vimos, o gigante conseguia chegar a muitas finais. Porém, não ganhava nada dentro de sua própria terra, o que acabou também lhe rendendo dois incômodos apelidos pejorativo de “Mil taca” e “time vice campeão”.
Cansados de perder títulos e das inúmeras piadinhas de vice a cada final perdida. A virada começou no início do campeonato Regenerense de 2021. Antes do certame começar , a cartolagem do Mil Grau traçaram um novo projeto para o clube.
Duas estratégias faziam parte desse projeto.
A primeira : ir atrás de outros cartolas do esporte Regenerense para fortalecer ainda mais o time. Foi dessa forma que chegaram Leo do Real Madrid e Samuel (o Samurai) , duas peças fundamentais na conquista do primeiro título em casa.
A outra tacada: buscar bons patrocinadores para viabilizar grandes contratações.
Com mais cabeças para pensar e administrar o time fora do piso e o dinheiro dos patrocinadores, o gigante Mil Grau fez um investimento pesadíssimo para o campeonato Regenerense , foi atrás e contratou jogadores da tropa de elite do futsal Piauiense. Assim, vieram para jogar no time , jogadores como: Breno , Batman, Dedé, Rique, João Neto de São Pedro.
O tão sonhado e aguardado título não demorou para vir, logo de cara o Mil Grau conquistou o campeonato Regenerens e finalmente pôde soltar o grito de é campeão entalado na garganta tanto tempo, acabava também o rótulo de vice e o apelido de “Mil taca”
O titulo de campeão Regenerense teve um sabor muito especial, foi conquistado exatamente em cima do time que estava entalado na garganta do Mil Grau – o BFC de Bodão. 6 X 5 na final.
O titulo da liga das estrelas de futsal foi a consolidação do sucesso do projeto adotado por Lô Junior, Anderson Lima ,Ricardão e Romerito em Outubro de 2021: mais cucas para pensar fora das 4 linhas da quadra, grandes patrocinadores e qualificação do elenco com jogadores do mais alto nível do futsal do estado, somado a forte base de atletas locais.
Dados os resultados alcançados pelo gigante: dois títulos seguidos num prazo de sete meses.
A caminhada rumo a conquista do bi campeonato Regenerense já começou
No último dia 21 de Outubro, o Gigante Mil grau fez sua estreia no campeonato Regenerense de futsal 2022 e deu uma grande demonstração de força aos seus adversários. No seu primeiro jogo, o Mil Grau massacrou sem dó nem piedade o time do independende, goleou por um placar de 11 X 2. Foi também um recado que o time veio para levar mais uma vez a taça do Regenerense.
O Central foi riscado do mapa, o ex – “Campeão de tudo” BFC passou por um grande vexame quando se quer conseguiu avançar para segunda fase da última Liga das Estrelas de Futsal de Regeneração , caiu na primeira fase.
A soberania do Mil Grau no futsal de Regeneração é inquestionável. Duvidar ou não querer reconhecer é fugir de uma dura nova realidade .
Confira abaixo imagens do Grande campeão da Liga das estrelas de futsal de Regeneração. O título da Liga é mais cobiçado pelos clubes do que o próprio campeonato Regenerense.
Bruenque.com.br
