Quando a Liga das Estrelas de Futsal de Regeneração começou, era inimaginável, era impensável, pensar que o Mil Grau pudesse cair nas quartas de final, mas no futebol e no futsal há dois velhos ditados que diz que, jogo é jogo, treino é treino; jogo é jogado, Lambari e pescado. Aconteceu o impossível, o impossível aconteceu.
Na noite dessa quarta-feira, 21 de junho de 2023, o Santa Cruz fez história e despachou o Gigante Mil Grau, atual campeão da Liga das Estrelas, o time a ser batido, que era disparado o grande favorito ao título da competição.
Em um jogo que vai ficar marcado na memória do torcedor e definitivamente entrou para a história do futsal de Regeneração, o Santa Cruz venceu por 9 a 8, a vitória só veio no último lance da prorrogação. Foi o maior, o mais duro vexame na história do Mil Grau, pois o time era muito favorito a vencer o jogo
Fala, Mangueirão: O Mil Grau contou com a vitória antes do jogo.
Das oito equipes que avançaram para fase de mata-mata da 5ª Liga das Estrelas de Futsal de Regeneração, o Santa Cruz era considerado o mais fraco, era o time que todo mundo queria pegar, qualquer um podia bater, o saco de pancada.
Quando foi feito o sorteio dos confrontos da segunda fase e o clube foi sorteado para enfrentar o Gigante do futsal de Regeneração, torcedores e dirigentes do Mil Grau fizeram muita festa, comemoraram o resultado do sorteio como se tivessem tirado a sorte grande, ou melhor dizendo, tivessem achado um trevo de quatro folhas. Ninguém tinha dúvida, o Mil Grau ia golear e se classificar para a semifinais com muita facilidade em cima do time do Bairro Jaico.
Após a histórica vitória, o presidente do Santa Cruz, Walison Mangueirão, falou ao Portal Bruenque, disse que o Mil Grau comemorou a vitória antes do tempo.
– Falaram que dez gols seria pouco, pediram para o santa Cruz levar um saco, no dia do sorteio quando o Mil Grau pegou o Santa Cruz, eles comemoraram muito no dia do sorteio, no dia do sorteio teve muita alegria, era como se eles estivessem dizendo, pegamos uma baba, mas só que futebol, jogo, se ganha é dentro de campo, é dentro de quadra, jogo não se ganha em bastidores, disse Walison Mangueirão.
Um jogo histórico e inesquecível.
Era um duelo de Davi contra o Gigante Golias. Foi um jogo impossível de esquecer, quem esteve na histórica noite de 21 de junho, no Ginásio Gonçalo Teixeira Nunes, vai carregar para sempre as memorias de um jogo e uma vitória inesquecível do Santa Cruz por 9 X 8.
Com um time cheio de Estrelas do Futsal Piauiense, jogadores da elite : Breno, Rick, João Neto, o Mil Grau era o grande favorito a vencer o jogo, o Santa Cruz entrou em quadra para ser goleado, entretanto vamos repetir, mas uma vez o ditado: jogo é jogado, Lambari é pescado, com bola em quadra, foi o Santa que surpreendeu, com um minuto, Isaque botou o Santa na frente, 1 X 0, Renildo empatou 1 X 1, e Breno virou 2 X 1, para o Mil Grau.
O Santa Cruz não se entregou e foi buscar o gol de empate e a virada.
Joao Paulo fez 2 X 2.
João Paulo vira 3 X 2 – Santa Cruz.
João Paulo faz 4 X 2 para o Santa Cruz. E assim terminou o Primeiro tempo.
Segundo tempo.
Logo aos 3 minutos do segundo tempo, com mais um gol de João Paulo, o Santa Cruz ampliou o placar para 5 X 2, depois do quinto gol, o Santa cansou em quadra e o Gigante Mil Grau se aproveitou desse cansaço e virou o jogo.
Rick fez 5 X 3.
Breno 5 X 4.
Breno deixou tudo igual 5 X 5.
Virada do Mil Grau, Breno virou para 6 X 5.
Porém, no último lance do jogo, Juliano empatou para o Santa Cruz 6 X 6 e levou o jogo para uma prorrogação de dois tempos de 5 minutos.
Prorrogação.
Depois de um jogo de arrepiar, que mexeu com a emoção da torcida na arquibancada, com muitas reviravoltas no placar, 12 gols no tempo normal, a decisão foi para prorrogação, o empate garantia a classificação ao Mil Grau, só uma vitória interessava ao Santa Cruz, e ela veio novamente no último lance da partida e de novo com Juliano, o placar estava empatado em 7 X 7, e na última bola do jogo, a arbitragem marcou um toque de mão de um jogador do Mil Grau – tiro livre a favor do Santinha.
Juliano foi para a cobrança do tiro livre direto, tomou distância e bateu forte, chutou colocado, no canto esquerdo, tirando do goleiro Zé Ricardo – 9 X 8. Assim, dessa forma, o Santa Cruz fazia história, derrubando o maior Gigante, o poderoso e atual campeão da Liga das estrelas – o Gigante Mil Grau.
Fala, Juliano: Vou lembrar desse jogo para o resto da vida.
Natural da cidade de Floriano, Juliano foi o quinto reforço do Santa Cruz na Liga das Estrelas, entrou em quadra pela primeira vez e teve uma importância fundamental, saiu dos pés dele, os dois gols, nos últimos dois lances decisivos, o gol de empate no fim do segundo tempo, e o gol da classificação, no fim da prorrogação. Para juliano, a vitória em cima do Mil Grau será um jogo inesquecível.
– A equipe do Mil grau era um time muito qualificado, mas o Santa Cruz veio na garra, na determinação, lutou até o fim , e graças a Deus fomos abençoado com essa vitória nesse jogo que vai ficar para história de Regeneração, a equipe do Mil Grau tem jogadores profissionais, jogadores de Teresina, mas a gente sabia da nossa capacidade, conseguimos impor nosso ritmo e ganhar do Mil Grau, futebol é dentro de campo, é uma caixinha de surpresa, esse jogo vai ficar marcado na minha história, quando eu parar de jogar, eu vou lembrar muito desse jogo, vou lembrar desse jogo para o resto da minha vida, falou Juliano, autor do gol da classificação.
Fala, João Paulo: favoritismo não ganha jogo.
Outro jogador que marcou seu nome na história desse jogo foi João Paulo, natural da cidade de Amarante, o craque marcou 05 dos 09 gols do Santa Cruz, no fim do jogo, João Paulo destacou que é preciso mais do que favoritismo para vencer um jogo.
– Favoritismo não ganha jogo, tem que jogar com determinação, garra e força de vontade, hoje jogamos muito bem, tiramos um dos melhores times do campeonato, é muita honra, só tenho que agradecer a Deus, estou muito feliz pelos gols que eu fiz na partida, feliz com essa classificação, o grupo todo está de parabéns, o jogo se decide dentro de quadra ,antes do jogo falaram que a gente ia ser goleado, mas mostramos o que somos, mas ainda não ganhamos nada, foi uma noite inesquecível para mim , esse jogo vai ficar marcado na história do meu coração, falou João Paulo, autor de cinco gols.
Fala, Caim Moraes: Eu confiava que o Santa podia derrotar o Mil Grau.
Ainda na primeira fase, eram muito poucos os que apostavam que o Santa Cruz fosse se classificar num grupo que tinha Internacional de São Gonçalo, Pollus e Geração 2000, mas o santa surpreendeu e avançou para o mata-mata.
Quando foi feito o sorteio, a torcida do Mil Grau, comemorou, deu pulos de alegria, pelo fato de ter tido a sorte de ter pegado o Santa Cruz, o mais fraco dos oito classificados. Todas as profecias diziam que o time do Jaicó seria derrotado. Era uma missão quase impossível derrotar o Gigante, entretanto, no elenco do Santinha, um jogador diz que sempre acreditou e tinha confiança que o Santa podia derrotar o Mil Grau.
– Apesar do Mil Grau ser muito forte, o atual campeão da Liga, eu confiava que a gente podia sim sair vencedor desse jogo, o Santa Cruz era zebra, foi colocado muito fator Zebra, foi colocado que a gente seria zebra, mas coloquei para os jogadores nos vestiários, que a gente fosse uma zebra, mas que no fim do o jogo, a gente tivesse a consciência, de que nós merecemos ganhar o jogo e foi o que aconteceu , eu pedi aos jogadores que não dessem espaço, eu pedi para o Santa Cruz jogar dentro da quadra deles, não deixasse eles virem para dentro da nossa quadra e assim foi feito. Quanto ao nosso banco, nós não temos um banco a altura, mas os caras se superaram dentro da quadra, disse Caim.
Depois do jogo e da classificação histórica em cima do Mil Grau, hoje se sabe, que o que o Mil Grau comemorou muito como sorte grande (ter o Santa Cruz pela frente) na verdade, não foi sorte, foi um grande azar, um mau agouro, e dos brabos. Será se foi praga do Central?
