Após três semanas de guerra entre Israel e o Hamas, a ajuda humanitária foi retomada e caminhões voltaram a entrar na faixa de Gaza levando assistência para os mais de dois milhões de habitantes que vivem na região,
Nesse domingo, 29 de outubro, um comboio humanitário com 33 caminhões cruzou a fronteira de Gaza, por meio da passagem da cidade de Rafah, no Egito carregando comida, água, remédio e outros itens de primeira necessidades.
De acordo com a ONU, os trinta e três caminhões de assistência humanitária á população de Gaza, foi a maior enviada até agora, desde o início do conflito no dia 07 de outubro, porém segundo as próprias agencias de assistência, é uma gota no oceano, um socorro ainda muito insuficiente para suprir a necessidade de mais de dois milhões de bocas famintas, que a quase um mês, estão sem energia, sobrevivendo com pouco alimento e sem acesso a agua potável.
Em Gaza, milhares de pessoas precisam desesperadamente de alimento e a ONU estima que seriam preciso no mínimo, cem caminhões por dia para suprir todas as necessidades por comida entre o povo palestino, que nesse momento, passam por todo tipo de calamidade diante dos fortes bombardeios que são realizados diariamente por Israel.
Comida prestes a acabar
Nesse domingo, em entrevista ao fantástico, a brasileira – Shahed al-Banna, que mora na cidade Rafah, cidade que fica no sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, contou ao programa jornalístico da TV Globo, o drama que estão vivendo.
– A fronteira está fechada ainda e não há notícia de a gente sair daqui. A embaixada está nos ajudando em tudo que precisamos, de comida, água, gás e tudo. É difícil de encontrar água e gás. E a comida também está acabando no país, porque as fronteiras estão fechadas’, relatou Shahed al-Banna.
– ‘Mas a embaixada está nos ajudando em tudo o que é possível. Ontem à noite foi terrível, a gente não conseguiu dormir. Todas as noites, na verdade, são terríveis. A gente não consegue dormir. E não consegue ficar calmo de tantos bombardeios que eles jogam em todos os lugares. A gente espera que as fronteiras abram logo e que a gente consiga sair daqui logo, contou a brasileira.
“Todas as geladeiras tinham frango, tinham peixe, tinham carne, mas agora não tem mais, por causa de falta de luz. Nenhuma fronteira aberta para entrar alimentos, comida. Está tudo vazio, gente (…)”Até as verduras e as frutas, tudo acabou. Esse armário aqui estava cheio até três dias atrás de alimento, de comida, agora está vazio.” relatou Shahed Al-Banna.
Relato de outro brasileiro em Gaza, Hasan Rabee.
– Depois de dois dias a gente conseguiu achar água. Água mineral. Compramos dois saquinhos e eu acredito que dê para 3, 4 dias.”(…) “Nas águas, cada uma garrafa, 2 shekel. Mais ou menos 13 reais, meio litro. Aqui tem outra guerra. Guerra de procurar comida e água.”