Uma operação conjunta realizada nesta segunda-feira (22), pela Polícia Civil e Polícia Militar prendeu a mãe e o padrasto da menina de três anos, Anna Kerolayne Gomes Nunes , as prisões foram realizadas em Esperantina, Município onde teria acontecido o crime.
Anna deu entrada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), na última quinta – feira, 15 de abril, com graves indícios de maus-tratos : costelas quebradas, manchas escuras pelo corpo, além disso, os médicos observaram também, fraturas no crânio.
No dia seguinte, sexta-feira, diante do grave estado de saúde da criança, o hospital abriu um protocolo de morte encefálica, e infelizmente, a menor não resistiu as graves torturas que sofreu.
Na tarde dessa segunda-feira, 22 de abril, depois de cinco dias hospitalizada em estado gravíssimo, o Hospital Universitário de Teresina (HUT), confirmou a morte encefálica da menina, isso após exames clínicos de imagem, que fazem parte do protocolo, e ficar constatado, que a criança não apresentava mais sinais cerebrais.
Mãe e Padrasto, os principais suspeitos

Após a denúncia vir a público, a polícia instaurou um inquérito para apurar os fatos, e o caso passou a ser investigado, pela delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis da cidade de Esperantina, que terminou resultando na prisão dos dois suspeitos, o homem já possuí antecedentes criminais, e já teria sido preso pela prática de roubo.
De acordo com a delegada do caso, Polyana Oliveira, a genitora e o padrasto da vítima são os dois principais suspeitos pela morte da menina, os dois foram presos temporariamente, pelos crimes de homicídio qualificado, além de tortura dentro do contexto de violência doméstica e familiar contra Anna Kerolayne Gomes Nunes.
– No decorrer das investigações, após incessantes diligências, incluindo requisições periciais e diversas oitivas, verificou-se o possível enquadramento das condutas dos investigados ao crime de homicídio qualificado não somente pelo feminicídio, como também pela tortura (….), em breve o caso será desenhado melhor e podemos passar mais detalhes”, falou Polyana Oliveira, delegada que investiga o caso.
Anna Kerolayne vivia sob a guarda da avó na capital
Durante as investigações, a polícia requisitou perícias, ouviu diversos depoimentos de parentes próximos da menor .
Por exemplo, pelo que a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Esperantina, apurou, já se sabe que a menina morava com a avó paterna em Teresina, até o fim do ano passado, 2023. Anna já estava até matriculada para estudar mais um ano letivo na capital.
Em entrevistas a veículos de comunicação da capital, durante o velório da criança, Vanda Barros, uma tia da menina. Explicou, que Ana, e uma outra irmã de 04 anos, viviam sob os cuidados dos parentes que moravam em Teresina, em uma espécie de guarda compartilhada, mas que em janeiro, a mãe veio pegar os filhos para passar alguns dias com eles.
“As crianças não foram devolvidas. Somente agora foi que a criança veio, em um caixão. Nós ficamos sabendo da entrada dela no HUT no dia 15 de abril, já bastante machucada, com traumatismo craniano, duas clavículas quebradas, ombro deslocado, perda dos rins, com trauma no abdômen, bastante machucada (…)”,”Cuidei da Ana um bom tempo na minha residência, e a avó paterna cuidava também, todo mundo ajudava a dar suporte para a criança. Até que a mãe disse que estava com saudades e a avó, permitiu que houvesse esse encontro da mãe e filha. Só que ela acabou decidindo levar as crianças para Esperantina. A avó já havia matriculado as crianças e esperava o retorno, mas esse retorno não aconteceu. Não devolveram as crianças. E aí aconteceu isso com a Anna. A gente está arrasado, destruído por dentro. A gente quer Justiça. Era para passar alguns dias e ela voltou em caixão para a gente”, disse a tia.

O anúncio do falecimento da menor causou grande revolta e comoção entre os cidadãos esperantinenses, que pedem por justiça, e que os culpados paguem pelo crime bárbaro que cometeram.
Em Esperantina, a família de Anna Kerolayne reside no Bairro Bezerrão, mas o velório da criança aconteceu na casa da tia, no Bairro Lourival Parente, Teresina.
O Corpo da menina foi enterrado no fim da tarde dessa, terça-feira, 23 de abril, no Cemitério Santa Cruz, no Promorar.