Uma tragédia abalou a cidade de Oeiras, município localizado a 282 Km de Teresina, na tarde dessa quinta feira, 30 de fevereiro de 2023. A dona de casa, Maria Vilani Nunes da Silva, 60 anos, foi assassinada por um disparo de arma de fogo, o que mais chocou, foi o fato de o próprio filho da mulher ter sido o autor do disparo que vitimou a mãe, sem a intenção de matar a genitora, mas o padrasto.
– Os disparos atingiram o pescoço da mãe e o braço do padrasto. Os filhos da vítima ainda não foram localizados e responderão pelo crime de tentativa de homicídio qualificado e homicídio simples. Ouvimos duas testemunhas e o caso continuará sendo investigado”, informou o delegado que investiga o caso, Luciano Santana.
Violência doméstica: a mãe era agredida pelo companheiro
De acordo com as primeiras apurações sobre o caso , há 18 anos, Maria Vilani, mantinha um relacionamento conjugal estável com um dos pivôs da tragédia, o companheiro conhecido pelo nome de Luís Gonzaga Mendes Pereira, mas a relação dos dois era muito conturbada e cheia de brigas, ou seja, a violência doméstica era um problema constante , fazia parte da rotina e afetava a vida do casal, cansados, os filhos não aceitava mais o relacionamento abusivo em que a mãe vivia e pediam para a mesma se separar do agressor.
Os filhos e o padrasto viviam se desentendendo por conta que o padrasto vivia agredindo Maria Vilani, inclusive já tendo sido registrado um boletim de ocorrência, na delegacia de polícia civil contra Luiz Gonzaga.
Triste fatalidade: conflito familiar terminou em morte
O crime aconteceu quando os dois filhos de Maria Vilani Nunes da Silva, identificado apenas pelas iniciais G. N. dá S. e G. N. da S, foram até a residência onde o casal morava, localizada no bairro Soizão, na tarde desta quinta-feira, iniciou – se uma discussão, os três começaram a discutir.
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Tentando apaziguar toda a situação e acalmar os ânimos entre os filhos e o companheiro, a mãe entrou no meio da discussão e tentou intervir, momento em que um dos filhos puxou uma arma e disparou contra o padrasto, mas o tiro acabou atingindo a própria mãe, causando sua morte.
Uma equipe do SAMU foi acionada para prestar os primeiros socorros, mas infelizmente quando chegou no local, Maria Vilani já estava sem vida, o padrasto também foi atingido por um tiro no braço, mas segundo informações sobre seu estado de saúde, ele passa bem e não corre risco de vida.
A polícia segue agora fazendo diligências no sentido de tentar prender os autores desse homicídio, que ainda estão foragidos.
Durante a investigação, as suportas armas utilizadas no crime foram apreendidas e encaminhadas para análise pericial – um revólver calibre 32 com três projetis disparados e uma espingarda que pertenceria aos dois acusados pelo assassinato, a apreensão da arma do crime será fundamental para esclarecer as circunstâncias e ajudar as autoridades a determinar as responsabilidades de cada um.
A denúncia
A tragédia ocorrida em Oeiras, que destruiu mais uma família, é mais um lembrete de um problema grave que acontece no Brasil diariamente e deve ser combatido com firmeza – a violência doméstica contra mulheres. É importante que todos se unam para prevenir e denunciar casos de violência contra a mulher, ao começar pela própria vítima que deve criar coragem para denunciar.
A violência doméstica é um problema que afeta muitas famílias em todo o mundo. Infelizmente, muitas vezes as vítimas sofrem em silêncio, sem procurar ajuda ou denunciar seus agressores. É fundamental que a sociedade se mobilize para combater essa prática, e que o Estado adote políticas públicas efetivas para prevenir e punir a violência doméstica.
Existem diversas organizações que oferecem apoio e orientação às vítimas de violência, como a Central de Atendimento à Mulher (Disque 180), a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e o Ministério Público.
A denúncia é uma das ferramentas mais poderosas que ajuda muito a combater esse crime que na maioria das vezes acontece entre quatro paredes.
Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
190 – Polícia Militar.