A cidade de Regeneração amanheceu chocada com a notícia de mais um bárbaro homicídio. Na madrugada deste domingo, 28 de julho, o padeiro Wellyson de Araújo Silva, de 22 anos, mais conhecido como “Negão”, foi assassinado com um tiro na cabeça durante uma festa de reggae na Vila União, bairro Bela Vista. O rapaz morava a cerca de 200 metros do clube onde foi morto.
Moradores relataram que o evento começou por volta das 22h do sábado (27). O crime ocorreu já por volta das 3h da madrugada.
A motivação e as circunstâncias do crime seguem sendo investigadas pela polícia. Uma das linhas de apuração é esclarecer se Wellyson era realmente o alvo do atirador ou se acabou sendo morto por engano, no lugar de outra pessoa.
Segundo relatos ao Portal Bruenque, já próximo ao fim da festa, o suposto atirador — identificado como “Nego Anderson” — entrou armado no clube, aproximou-se de Negão, que estava próximo a uma das caixas de som do evento, e, de surpresa, sem nenhuma chance de defesa, efetuou um disparo à queima-roupa na direção da cabeça da vítima. O som do disparo foi captado pelos microfones do DJ. Várias pessoas relataram ter ouvido o zunido do tiro a mais de 1 km de distância do Clube Reggae Dance, onde acontecia o baile.
O SAMU e a Polícia Militar foram acionados e chegaram rapidamente ao local para prestar socorro à vítima, porém Wellyson não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Como de praxe, o Instituto Médico Legal (IML) esteve presente. O corpo da vítima foi encaminhado para a cidade de Floriano e, após liberação, chegou às 14h20 no carro funerário da Pax União para a realização do velório.
O único tiro disparado pelo assassino entrou pela lateral da cabeça, pouco acima do ouvido. Era possível ver que o projétil perfurou o crânio e quase saiu pelo olho direito, que apresentava um hematoma escuro e bastante inchado.
Revolta e comoção na Vila União

Durante o velório, moradores pediam por justiça. Na tarde de domingo, o Portal Bruenque esteve presente no funeral do jovem. Além da forte comoção e tristeza, o sentimento era de profunda revolta entre os moradores do bairro, que exigiam justiça. Relatos de parentes, amigos e conhecidos afirmam que Wellyson de Araújo era um rapaz muito bom, trabalhador, que “vivia do trabalho para casa”, sem envolvimento com drogas ou qualquer atividade ilícita. Ninguém consegue entender por que o assassino teria matado um jovem tão dedicado, que “não mexia com ninguém”.
Provedor e homem da casa
Wellyson morava com a mãe em uma residência simples na Vila União. O Portal apurou que ele trabalhava como padeiro em uma padaria do bairro e, com o dinheiro que ganhava, ajudava a mãe a sustentar os três irmãos menores.
Durante o velório, a avó, desesperada, dizia que o neto era o homem da casa — os pés e as mãos da família — e ajudava a criar os irmãos. A família não sabe como será a vida sem ele.
Sepultamento
O velório do jovem aconteceu durante toda a noite. Na manhã desta segunda-feira, 29 de julho, o corpo será levado para a comunidade Morada Nova, onde será sepultado.
Durante todo o dia, a polícia realizou diligências para capturar o assassino, mas até o momento ele não havia sido preso.