Revelações de uma investigação da Polícia Federal (PF), revelaram detalhes assustadores de uma conspiração envolvendo oficiais militares de alta patente para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. No centro dessa trama chocante está o general Mário Fernandes, ex-assessor do governo Bolsonaro, agora preso.
A conspiração e seus principais atores
Apelidado de “Copa 2022”. Embora manchado por seus objetivos, sórdidos, clandestinos e antidemocráticos, o plano foi meticulosamente elaborado com precisão militar. Os conspiradores teriam planejado envenenar seus alvos e discutido necessidades logísticas e orçamentárias para a operação durante reunião na residência do general Walter Braga Netto, companheiro de chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Documentos apreendidos durante a investigação ainda revelaram que planta da operação, intitulada “Punhal Verde Amarelo”, foi impressa dentro do Palácio do Planalto em 6 de dezembro de 2022.
O grupo incluía figuras-chave como Mauro Cid, ex-ajudante de campo de Bolsonaro, e o major Rafael de Oliveira, membro da unidade militar de elite conhecida como “Kids Pretos”. Documentos apreendidos durante a investigação revelaram o plano operacional detalhado.
A suposta conexão de Bolsonaro
Uma das descobertas mais chocantes foi uma mensagem de áudio do general Mário Fernandes para Mauro Cid, na qual Fernandes expressou alívio e satisfação pelo fato de o então presidente Jair Bolsonaro ter aprovado o plano. Na gravação, enviada em 9 de dezembro de 2022, Fernandes comemorou o que descreveu como a aceitação de Bolsonaro de sua “assessoria” e pediu uma ação rápida para evitar interrupções causadas por mudanças iminentes de liderança nas Forças Armadas.
“Estou feliz que o presidente tenha mostrado apoio. Precisamos agir rapidamente antes que seja tarde demais”, disse Fernandes na mensagem.
Falhas operacionais e conexão para 8 de janeiro
O plano de assassinar Lula, Alckmin e Moraes em 15 de dezembro acabou desmoronando devido a problemas logísticos. No entanto, os investigadores acreditam que essa conspiração lançou as bases para a violenta insurreição em 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram prédios do governo em Brasília.
De acordo com a PF, a mesma rede de militares e financistas desempenhou um papel fundamental no apoio a protestos antidemocráticos do lado de fora de quartéis militares e a uma tentativa fracassada de caminhão-bomba perto do aeroporto de Brasília.
Resposta do governo
O ministro das Comunicações da Presidência da República, Paulo Pimenta, destacou a gravidade das revelações, afirmando: “Os mesmos indivíduos envolvidos no financiamento e planejamento dessas conspirações hediondas devem ser responsabilizados. Esses são eventos interconectados, e essa investigação é essencial para defender a democracia.”
Implicações mais amplas
A investigação já provocou um debate nacional sobre a responsabilidade nos mais altos níveis do governo e das Forças Armadas. À medida que mais evidências surgem, a atenção se concentra cada vez mais no potencial envolvimento de Jair Bolsonaro e na corrosão do sistema sistêmica das instituições democráticas do Brasil.
Com as investigações em andamento, mais prisões e revelações são esperadas, o caso ressalta mais uma vez a fragilidade da democracia brasileira diante de ideologias extremistas e da necessidade de vigilância constante para salvaguardar o futuro democrático do Brasil.
Esses eventos revelam a profundidade do planejamento e da coordenação entre aqueles que buscam minar as instituições democráticas do Brasil.
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