Jair Bolsonaro (PL) recebeu R$ 17,1 milhões em suas contas por meio de transferências bancárias realizadas por Pix entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho deste ano. A informação foi registrada em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que também apontou que esse valor foi movimentado através de 769 mil transações feitas para a conta do ex-presidente efetuadas em seis meses de janeiro a julho deste ano.
O valor corresponde quase à totalidade do valor que circulou nas contas de Bolsonaro em 2023: R$ 18.498.532. Uma possível explicação para os valores é a vaquinha promovida por seus apoiadores para pagar multas processuais. Procurada, a assessoria do ex-presidente não se manifestou. O relatório do Coaf registra ainda R$ 3,6 mil repassados a Walderice Santos da Conceição, a Wal do Açaí. A Procuradoria da República no Distrito Federal apontou Wal do Açaí como ‘funcionária fantasma’ de Bolsonaro por mais de 15 anos
Outra empresa que aparece citada no relatório é a Bolsonaro Digital, uma empresa registrada em nome da família Bolsonaro. Na Receita Federal, ela tem como sócios o ex-presidente e seus três filhos Carlos, Eduardo e Flávio. O ex-presidente declarou cotas da Bolsonaro Digital à Justiça Eleitoral
Os registros bancários feitos pelo Coaf indicam que parte dos recursos arrecadados por meio do Pix teriam sido convertidos em aplicações financeiras. O ex-presidente tem evitado falar publicamente sobre o valor arrecadado na campanha. No dia 26 de junho, ele disse apenas que já havia levantado o suficiente para pagar suas condenações processuais. “A massa contribuiu com valores entre R$ 2 e R$ 22. Foi voluntário”, disse Bolsonaro na época, prometendo abrir os valores “mais para frente”.
FONTE : ESTA