Um fato extremamente incomum aconteceu no Brasil. Visto principalmente em países do Oriente Médio, quando homens bombas se suicidam matando centenas de pessoas. Às 19h30, da última quarta-feira (13/11), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Francisco Wanderley Luiz aproximou-se da entrada do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, e atirou dois artefactos explosivos. Depois, deitou-se no chão, colocou outro sobre a cabeça e explodiu. Não se moveu mais. Já a democracia brasileira voltou a estremecer. Só agora começam a surgir mais informações: o atacante tinha explosivos em casa e queria matar o juiz que investiga as milícias digitais
Primeiro, Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, filiado ao Partido Liberal, o mesmo do ex-Presidente Jair Bolsonaro, começou por fazer explodir remotamente uma bomba caseira, amarrada a tijolos, que se encontrava na mala do seu carro, estacionado junto da Câmara dos Deputados, com matrícula do estado de Santa Catarina, conhecido pela concentração de eleitores de extrema-direita.
Apenas 18 segundos depois desta primeira explosão, o ex-candidato com o número 22222 a vereador pela cidade de Rio do Sul, atirou dois artefactos acesos em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF). Depois, fez-se explodir. Ficou mais de 12 horas estendido à frente da estátua cega da Justiça. A Polícia Federal abriu um inquérito, porque o assunto pode ser mais grave do que se acreditou de início. Até agora considerada a ação de um lobo solitário, novos rumos surgem conforme as averiguações avançam. Certo, por exemplo, é que Francisco Wanderley Luiz queria matar Alexandre de Moraes, o juiz que é inimigo número um dos extremistas brasileiros.
A PF investiga as explosões na praça dos Três Poderes como ato terrorista. Na manhã desta quinta-feira (14/11), o diretor-geral da PF Andrei Passos Rodrigues afirmou que o episódio não é um fato isolado, mas conectado com várias outras ações que já são apuradas em outras investigações.
Um boletim de ocorrência da Polícia Civil do Distrito Federal identificou o homem que morreu como Francisco Wanderley Luiz. Ele próprio lançou artefatos em direção ao STF, segundo as investigações, e depois se deitou sobre um explosivo, que foi detonado.
Com informações da BBC Brasil e expresso.pt