Quem conhece esse sorriso, logo se encanta. Maria do Carmo Soares, a Tia Tatá, de 81 anos, esbanja jovialidade e disposição. O segredo? Olha, ela até tem algumas dicas, mas a produção de cajuína e licores parece ser uma das fórmulas da juventude dessa senhora, que conquista as redes sociais.
Ela tem uma lanchonete e restaurante em Regeneração há 53 anos, sendo muito conhecida na região. Ela aprendeu a fazer cajuína, bebida típica do Piauí a base de suco clarificado do caju, ainda criança e nunca mais parou. A filha, Rosana Barros, confessa que a mãe não para quieta.
A história com a cajuína é antiga. “A gente sempre morou no interior e tinha muitos cajueiros. Então minha tia conheceu uma pessoa que fazia cajuína, então aprendeu, desde novinha. Eu sempre gostei de cozinha e eu era curiosa para fazer coisas novas. A gente usava filtro de lona e suco de caju tinha que ser cortado com a resina do próprio caju”, explica Maria do Carmo Soares, a Dona Tatá.
Ela acompanhou de perto o processo de modernização da produção . “A gente fazia e engarrafava com muita dificuldade. Naquela época a gente aproveitava as tampas de cervejas, nós escaldávamos. Nunca usei nada químico, era suco de caju puro. Então colocamos nos tachos para ferver. Hoje tudo mudou, tem fábrica de garrafa e tampa. E tô hoje, aos 82 anos, fazendo cajuína”, acrescenta Dona Tatá.

Ela também investe em novos produtos, como vinhos e licores. “O vinho de carambola é uma coisa nova. Então conheci essa receita, que me despertou curiosidade. Fiz a primeira vez e todo mundo gostou. Estou com outra remessa para sair em junho. São quatro meses de infusão. Eu já experimentei licor de jenipapo , jamelão, tangerina, caju e laranja. Quero me especializar nisso”, revela.
Mas afinal, qual o segredo para tanta disposição ? Certa está a Dona Tatá. “Eu, com 81 anos, faço 82 em agosto, e sei que posso tudo. naturais, sem produtos químicos. Além disso, muito amor e direito de dormir”, finaliza.