No domingo, 23 de fevereiro, o Clube 13 de Maio reafirmou sua reputação de “derrubador de gigantes” no futebol de Regeneração. Em uma estreia impressionante no campeonato do CSU, o time do Bairro Buritizinho e Bela Vista superou todas as expectativas ao derrotar o favorito Havaí por 3 a 1. O adversário, que contava com um elenco repleto de estrelas do futebol amador da região, não foi páreo para o pequeno Davi. A vitória consolida a fama do 13 de Maio como um time que desafia o impossível e costuma triunfar diante de adversários considerados mais fortes.
Bola rolando: Como foi o jogo

O primeiro tempo entre 13 de Maio e Havaí foi marcado por pouca qualidade técnica e escassas oportunidades de gol. No entanto, nos minutos finais da etapa inicial, o 13 de Maio abriu o placar. Em um contra-ataque rápido, o meia André Morais, o Kaykay, fez uma enfiada de bola perfeita nas costas do lateral Carlinhos Carioca. A zaga do Havaí falhou, e o atacante José finalizou para o gol. O goleiro Tião não segurou o chute, e no rebote, o centroavante Gordinho cabeceou para baixo, colocando o 13 de Maio na frente: 1×0.
No segundo tempo, o 13 de Maio cresceu no jogo e ditou o ritmo. Gordinho ampliou o placar logo no início da etapa final, após outra assistência magistral de Kaykay. O meia dominou no meio-campo e lançou Gordinho pelo lado direito. O atacante invadiu a área e chutou forte, sem chances para o goleiro Tião.
Aos 18 minutos, o Havaí reagiu com um gol de cabeça de Maurício, diminuindo para 2×1. Mas o 13 de Maio manteve o controle. Aos 30 minutos, Thiaguinho fechou o placar com mais uma assistência de Kaykay. O meia lançou Thiaguinho no bico da área, e o jovem avançou, invadiu a área e chutou no canto direito, garantindo a vitória por 3×1.
Kaykay: O garçom do jogo

André Morais, o Kaykay, foi o grande nome da partida. Com três assistências decisivas, ele foi fundamental para a vitória do 13 de Maio.
– “Hoje fui feliz nas assistências. Não fiz gol, mas pude ajudar o time a vencer. Tenho 36 anos, depois que tive um problema na visão e passei a usar óculos, ficou muito mais difícil jogar. É chato jogar de óculos, evita eu fazer muitas coisas, mas o amor pelo futebol prevalece. Joguei pelo meu time, não para mim nem para a torcida. Sou o cara das assistências, e hoje, graças a Deus, fui muito feliz”, declarou Kaykay, emocionado.
Aos 36 anos e superando dificuldades visuais que o obrigam a usar óculos durante as partidas, Kaykay provou que seu amor pelo futebol e sua visão de jogo permanecem intactos. Sua capacidade de colocar os companheiros na cara do gol o tornou peça-chave no elenco do 13 de Maio.
Havaí: Time cheio de estrelas, mas sem brilho

O Havaí, formado por jogadores renomados da região, era o grande favorito para vencer a partida. No entanto, não conseguiu impor seu jogo.
– “Foi uma derrota pesada. Hoje mostrou que não há adversário fraco. Teoricamente, nosso time era superior, mas teoria não entra em campo. O campo do CSU é pesado, e nem sempre a habilidade se sobrepõe. Agora é correr atrás do prejuízo”, lamentou Josean, capitão do Havaí.

– ” Quem já jogou no campo do CSU sabe que o terreno exige, além de talento e habilidade, vontade de vencer. Isso é o que realmente faz a diferença. Luiz Fernando, volante do Havaí, destacou que essa foi a principal característica em campo do time do 13 de Maio: a atitude dos jogadores durante a partida.
– “O campo do CSU é raça, quem joga nele sabe. Por mais que o cara tenha talento, seja bom, o que prevalece é a vontade. Os homens do 13 de Maio entraram com sangue no olho, e foi isso que prevaleceu,” afirmou Luiz Fernando.
Essa declaração enfatiza como a garra e a determinação dos jogadores do 13 de Maio foram fatores decisivos para o resultado do jogo.
Reggae Dance e Brejo Grande empatam em jogo sem brilho

Na segunda rodada do campeonato, Reggae Dance e Brejo Grande fizeram um jogo fraco, marcado por desfalques. Com 15 ausências no total (nove no Brejo e sete no Reggae Dance), o nível técnico foi baixo. O Reggae Dance ainda perdeu o jogador Bala no primeiro tempo e terminou a partida com um a menos. Mesmo assim, o jogo terminou em 0x0, deixando a torcida insatisfeita.
– “Pelas circunstâncias, não foi o que queríamos, mas também não foi ruim. Estávamos muito desfalcados”, comentou Virginaldo, técnico do Brejo. Já Ronaldinho, atacante do Reggae Dance, destacou que o ponto foi uma vitória.
– “Pelas circunstâncias do jogo, ganhar um ponto acabou sendo um bom resultado para o Reggae Dance. Perdemos um jogador por lesão e não tínhamos ninguém no banco para substituir. Então, pelas circunstâncias, esse ponto foi uma vitória para a gente. Não é fácil jogar com um jogador a menos no campo do CSU e segurar esse resultado,” afirmou o atacante.
Imagens da segunda rodada do Campeonato do CSU
