Quando o exército russo invadiu a Ucrânia em 6 de fevereiro de 2022, com uma força devastadora de 170 mil soldados, Vladimir Putin, o Presidente Russo, esperava uma vitória avassaladora das forças armadas russas. Putin tinha certeza de uma vitória fulminante, igual a que Adolfo Hitler conseguiu há 80 anos atrás quando invadiu a Polônia (Blitzkrieg), dando o início da 2ª grande guerra mundial.
Era para ser um assalto rápido do país ucraniano, um avanço efetivo e certeiro, com pouca ou nem uma resistência. Putin também contava que as grandes potências mundiais, temendo um confronto direto com o maior arsenal nuclear do mundo, fosse logo esquecer da ucrânia, da mesma forma como já tinha ocorrido com a invasão da Crimeia 8 anos atrás, um território que era ucraniano, mas foi anexado pela Rússia em 2014 diante de um grande silêncio dos países ocidentais. Na época, a operação foi tão bem sucedida que a Rússia nem precisou disparar um único tiro.
Dessa vez com a anexação ilegal da ucrânia, as coisas foram muito diferentes. Ao que tudo indica, Vladmir Putin cometeu o maior erro da vida dele.
A reação a nível internacional para surpresa do Kremlin foi muito forte. O ocidente se uniu para condenar fortemente a invasão.
EUA e União Europeia se juntaram para aplicar as piores sanções econômicas e financeira já imposto contra um outro país, punições que estão estrangulando por dentro da economia Russa, que depende muito mais do que apenas vender petróleo e gás (abaixo do mercado internacional) para a Índia e China.
Vladimir Putin começa a enfrentar protestos dentro da Rússia
A ucrânia virou um grande cemitério para soldados russos, Moscou não informa os verdadeiros números, mas estima que 50 mil militares russos já foram mortos na guerra. Tantas baixas no campo de batalha, obrigaram o presidente russo a convocar 300 mil reservistas, fato que gerou uma grande onda de protesto contra Vladimir Putin, por toda a Rússia, além de uma fuga em massa de homens dos país. Mais de 3 mil pessoas foram presas.
China e Índia mandaram mais um recado que a guerra da Ucrânia foi longe demais, já passou da hora de acabar com conflito, e a que a cada dia está fugindo do controle.
No último dia 12 de outubro, em mais uma resolução na assembleia geral da ONU, para reprovar a invasão da Ucrânia pela Rússia, 143 países votaram para condenar as anexações ilegais dos territórios ucranianos, entre eles o Brasil. Entretanto, os dois maiores aliados da Rússia no mundo, Índia e China, não votaram a favor de Vladimir Putin, como era de se esperar, ambos se abstiveram. Para analistas internacionais, isso é mais um sinal de que a guerra não é vista com bons olhos pelos dois principais amigos de Moscou.
É fato que apesar de estar comprando petróleo Russo mais barato desde o começo do conflito, a guerra da Ucrânia tem gerado perdas bilionárias para a economia da China, e já se sabe que o Presidente chinês, Xi Jinping, pressionou Putin pelo fim do conflito, o dragão está perdendo muito mais do que ganhando com o aumento da escalada e ainda tem muito a perder.
Oligarcas estão insatisfeitos com os rumos da guerra na Ucrânia
Além dos protestos que acontecem com cada vez mais frequência e colocam em xeque a popularidade do Presidente, outro sinal de alerta para Putin começou a aparecer dentro da própria Rússia. De acordo com o serviço secreto ucraniano, pela primeira vez desde o início da guerra, aliados muito próximos de Putin, e que estão perdendo muito dinheiro com o conflito, começam a se virar e conspirar contra ele, ou seja, uma classe política de elite, que antes apoiariam o governante cegamente, com o fracasso da guerra, não o apoiam mais.
Um grupo de oligarcas secretamente nos bastidores já estariam tramando uma tomada de poder dentro da Rússia.

Entre esses conspiradores, estaria um dos mais fies apoiadores de Putin no início da guerra, o líder da Chechênia, Ramzan Kadyrov, cuja lealdade ao Presidente não seria mais a mesma. A Chechênia é uma república muçulmana que fica no norte da Rússia, e travou duas guerras para se separar do ex-país soviético. Com o enfraquecimento de Vladimir Putin, o sanguinário Kadyrov, teria enxergado uma grande janela de oportunidades.
Parece mesmo que o presidente Russo tem motivo para se preocupar com o seu reinado, e o mundo também, a final, o maior arsenal nuclear do mundo está nas mãos desse homem. Nunca se sabe como um ditador sanguinário reagirá acuado por seus próprios pares.